Sonhos de inverno! - Parte 1


Quando acordei a janela já estava aberta, ou seja minha mãe tinha entrado em meu quarto. Morrendo de sono finalmente consegui virar e enfiar a cara no travesseiro, ainda eram oito da manhã e em pleno sábado de inverno, minha mãe tinha que escancarar a janela?
O vento gelado bateu em meu rosto e estremeci. Criei coragem, então levantei com o pé no chão gelado corri e fechei a janela o mais rápido possível, em um pulo voltei para baixo dos cobertores.
Chequei o rádio relógio, e pequei meu livro que estava do lado da cama em cima do criado mudo.
Abri o livro - página 45 - continuei a ler, meus olhos pescaram, o sono estava voltando, lutei contra mas já não estava entendendo nada do livro e o sono predominou.

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Toda paisagem era branca, chegava a doer os olhos, não sabia onde estava, no meio de tanta neve, tudo era branco tudo era igual.
Perdida continuei andando soprando minhas mãos com o propósito de esquenta-las, mas minhas pernas endureceram com o frio, e meu joelho latejava a cada passo, minhas duas calças já não me esquentavam mais. 
Com um olhar perdido corri os olhos em toda aquela brancura de cegar, ninguém, eu estava absolutamente sozinha. Um pequeno desespero bateu, odiava ficar sozinha, corri algum tempo a procura de algum estabelecimento aberto, mas eu não consegui encontrar nada.
Depois de uns dez minutos de caminhada encontrei uma Starbucks, com as forças quase esgotadas caminhei contra o vento segurando o meu gorro.
Abri a porta de vidro e um sininho soou. Bati as botas no chão tirando o excesso de neve - Ah que delicia era lá dentro, bem quentinho! - todas as mesas estavam vazias, menos uma, nela estava sentado um garoto seus olhos verdes brilhavam, sua pele era pálida, seu topete loiro saia para fora de seu gorro preto que dava um certo charme a sua feição.
Nossos olhares se encontraram e eu rapidamente olhei para o chão tentando disfarçar, passei evitando observa-lo.
Pedi um cappuccino e um browie, enquanto procurava trocados no bolso da minha jaqueta, olhei para o garoto de costas, ele era atraente e eu estava pensando seriamente em sentar junto a sua mesa, mas era bobagem, passei por ele e sentei duas mesas mais longe, mas virada para ele. Ele mexia em seu celular e constantemente nossos olhares se encontravam, ele lançou um sorriso e uma covinha apareceu. Sem pensar um enorme frio na barriga me apareceu, tinha certeza que tinha ficado vermelha.
Levei minha mão até o bolso para mexer em meu celular, havia duas chamadas e uma mensagem perdidas no meu celular, era da minha amiga Lua, na mensagem dizia: Onde você está maluca? Você não vai ao cinema? Vários gatinhos! soltei uma pequena gargalhada silenciosa.
- Posso me sentar? - Direcionei meu olhar ao garoto loiro, seu sorriso era encantador.
- Claro! 
Ele se sentou, e por alguns minutos trocamos olhares envergonhados, ele escondia seu sorriso, e eu capturava cada detalhe.
- Meu nome é Jason. - Ele falou com um sorriso no canto do rosto.
Um pensamento tomou minha cabeça, eu simplesmente amava aquele nome e em menos de segundos que se conhecemos já estava começando a gostar dele mais do que devia.
- Meu nome é Maia. 
Seus olhos brilhavam e eu ficava cada vez mais interessada nele.
- Você é daqui? - Eu perguntei arrumando uma mecha teimosa do meu cabelo.
- Mudei recententemente.
Antes de pensar em uma desculpa melhor para convida-lo para sair falei.
- Eu poderia te mostrar a cidade. - Sério Maia? Não tinha uma desculpa melhor? Tipo levar ele para ver sua bisavó lutar judô?
Ele riu.
- Tudo bem, amanhã? 
E cada vez mais meu coração se derretia como manteiga.
- Sim, bom eu já vou indo, tenho que achar minha casa! 
- Achar sua casa? - Falou ele se levantando.
Refleti no que havia acabado de dizer, como posso falar tantas coisas erradas nas horas erradas?

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